Calar-se
Há momentos,
perdoe,
em que o poeta
quer calar-se.
Fingir escutar; viajar ao longe;
deixar o bar; recolher-se ao quarto.
Mas calar-se,
advirto-vos,
não como um nada a dizer:
silenciar-se.
Calar-se
como um parir-se
a dentro.
Calar-se
como um gestar-se
a fora.
Calar-se
como um grito
no parto.
Porque o poeta,
quando cala,
escuta o apelo, pari
o grito contido silenciado da alma.
perdoe,
em que o poeta
quer calar-se.
Fingir escutar; viajar ao longe;
deixar o bar; recolher-se ao quarto.
Mas calar-se,
advirto-vos,
não como um nada a dizer:
silenciar-se.
Calar-se
como um parir-se
a dentro.
Calar-se
como um gestar-se
a fora.
Calar-se
como um grito
no parto.
Porque o poeta,
quando cala,
escuta o apelo, pari
o grito contido silenciado da alma.
Lucian Rodrigues Cardoso
Muito bom, Lucan...
ResponderExcluir*Lucian...
ExcluirObrigado, meu caro John!
ExcluirExiste uma tradição na poesia
ResponderExcluira mordida da mosca azul
vossa alma nunca mais
poderá calar-se
o poema sempre te atormentará
ele sempre vai te ensinando
formas e maneiras de poetar
esta é a nossa maldição
uma doce e dolorosa
maldição
que você já o faz muito
bem
sempre estamos aprendendo
com está arte
Luiz Alfredo - poeta
Disse bem, meu caro Luiz: uma doce e dolorosa maldição. Abraços e obrigado pelo carinho de sempre!
ExcluirPoeta
ResponderExcluirComo não te seguir?
"Minha alma anseia e grita
Chego aqui faminta
em busca de seu pão Poesia."
- Haydee Cerantola -
"Alma Exposta"
Poetas, Poemas e Poesias
http://haydeecerantola.blogspot.com
Obrigado pelo carinho! Abraços!
ExcluirSimplesmente perfeito, Lucian!
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