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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Poeta

Poeta

Sou barroco na dualidade
como sou também
do pau-brasil
de Oswald de Andrade.
Tenho as várias faces
de Gregório de Mattos,
porém, sou um Gonzaga,
mestre dos árcades.
Talvez até um
ultra-romântico azedo,
como um tal,
Álvares de Azevedo.
Ou quem sabe um realista,
ou vai saber,
um modernista.
(apostam alguns
em naturalista)
Assim como Adolfo Caminha,
eu também caminho
nos sons e sentidos
e que, como eu,
ninguém ousa
ser Augusto dos Anjos
ou Cruz e Sousa.
Detenho em mim
o Tropicalismo,
sendo um marginal
de marca maior
no meu contemporâneo
pós-modernismo.
Em verdade
na verdade
de verdade,
não sou Oswald
Drummond
ou Mário
de Andrade.
Sou poeta.
Do passado, presente, futuro,
simples profeta.
Lucian Rodrigues Cardoso

10 comentários:

  1. Uma viagem através da história da literatura brasileira.

    "Somos o que lemos"

    Um beijo

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  2. Lucian, em primeiro lugar agradeço tua adesão ao meu modesto espaço; então, obrigado por me seguir. Repetindo, vim aqui para agradecer, mas acabei gostando do que vi. Gosto deste estilo assim despojado, quase coloquial, escrito com leveza e graça. Gosto também de fazer referências aos autores da língua.
    Um abraço. Voltei aqui sempre que puder.

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    1. Dilmar, fico grato com seus elogios! Obrigado pela visita e generosidade! Volte sempre!

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  3. Que fofo, que lindo, criativo, relembrando vários famosos das letras, da musica. Adorei! Um abraço.

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    1. Nádia, obrigado pela visita e generosidade de sempre!

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  4. Lucian
    Gostei muito da construção poética, fazendo referência a vários movimentos da Literatura e autores.
    Voltando aqui pra deixar um super abraço pra Ti
    Boa Noite

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  5. Lembrar a história da poesia
    é a missão de alguns poetas
    para que a poesia se auto-construa
    e lembrarmos esta luta
    de plantar o verso no planeta
    Terra
    e no Uni-Verso

    Os versos destes poetas
    são artérias que correm no nosso
    ser
    nossos versos são os versos
    que eles não tiveram
    este tempo para escrevê-los
    e você o fez belamente

    mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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  6. A construção das ideias no migrar em vários tempos, é assim a poesia e o seu poeta uma homem inserido em todos os tempos. Mas vivendo intensamente o seu momento.

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    1. Grande leitura, Leonardo! É exatamente isto! Obrigado pela visita!

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